O que a USP propõe é a criação de um novo IMC (índice de massa corporal). Ele pode ser o primeiro IMC brasileiro --não há registro de cálculos semelhantes no país, de acordo com a Abeso, que estuda a obesidade.
Conhecido mundialmente, o IMC é uma medida antiga, do século 19. Trata-se de um cálculo rápido para saber se alguém está muito acima ou muito abaixo do peso ideal.
Divide-se o peso da pessoa pelo quadrado da sua altura. O peso é considerado ideal quando o IMC está entre 20 e 25. Acima de 25 passa a ser sobrepeso. Mais do que 30 é considerado obesidade.
Para chegar ao resultado, além de saber o peso e a altura da pessoa, o estudo de Ribeirão recorre a um aparelho, o de impedância bioelétrica.
Ele é parecido com uma balança doméstica, mas com fios que se ligam a dois bastões. Sobre essa espécie de balança, a pessoa segura por 30 segundos as hastes.
É o detalhe de calcular a gordura do corpo o diferencial do estudo da USP.
Pelo IMC tradicional, um indivíduo com 1,70 m e 72 kg estaria com peso dentro do esperado (IMC 24,9).Já no IMC "brasileiro", se o aparelho constatasse que a mesma pessoa tem 32% de quantidade de gordura em seu corpo, o índice seria de 2,02, o que já a classificaria com risco de obesidade.
PÚBLICO-ALVO
São os que parecem normais pelo IMC tradicional, as pessoas com índices de 20 a 25, o alvo da pesquisa.
Pesquisadores de outros países há anos buscam formas de aprimorar o IMC. Usam, por exemplo, a circunferência da cintura, do pescoço e do quadril.
Para projetar a fórmula do IMC brasileiro, o estudo avaliou 501 estudantes da USP. O próximo passo da pesquisa, orientada pelo docente Alceu Jordão Junior, é ampliar o número e a diversidade do grupo para se aproximar de uma amostra do povo brasileiro.
Fonte: Folha de S.Paulo
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